O que é Dor

O que é Dor

A dor não é uma experiência sensorial simples e direta, à maneira de, por exemplo, ver ou ouvir, já que tem componentes emocionais e físicos. A definição de dor apresentada pela Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP) é que ela é "uma experiência sensorial e emocional desagradável associada com lesão real ou em potencial do tecido, ou descrita em termos dessa lesão" (Merskey, 1979).

A dor é muito mais do que uma sensação-percepção; é uma experiência pessoal(Okeson, 1998): Cognitiva, Emocional, Motivacional

              Podemos concluir que a percepção e a reposta a dor envolve a classificação, pelo cérebro, de uma infinidade de padrões de impulsos nervosos, sendo que esses impulsos são normalmente provenientes das superfícies corporal ou visceral. Essa classificação é função da capacidade do cérebro para escolher e para fazer uma abstração entre as informações que ele recebe pelo sistema somestésico, pelos sistemas que conduzem a dor até o tálamo. Em geral, é isso que determina que algumas pessoas tenham maior sensibilidade à dor do que outras. A modalidade da dor muitas vezes expressa uma abstração da informação, após ela ter sido exaustivamente examinada pelo sistema somestésico  sensorial completo

               Com o aumento da população, temos um aumento dos casos de dor e principalmente de dores crônicas decorrentes das causas do envelhecimento e suas idiossincrasias.

A dor deve ser avaliada em suas 3 dimensões: sensitiva, cognitiva e emocional. Vem sempre acompanhada de stress e ansiedade, depressão, transtornos de sono, de humor, fadiga, e pela complexidade subjetiva, deve ser modulada com competência e maestria. 

A maioria das dores é mista, neuropática e nociceptiva, e requer um diagnóstico preciso e tratamentos distintosA dor é uma das principais causas de sofrimento e incapacitação para o trabalho, e  ocasiona graves conseqüências psicossociais e econômicas na atualidade. Não existem dados estatísticos oficiais sobre a dor no Brasil, mas a sua ocorrência tem aumentado substancialmente nos últimos anos. A incidência da dor crônica no mundo oscila entre 7% a 40% da população e, como conseqüência da mesma, cerca de 50% a 60% dos que sofrem dela ficam parcial ou totalmente incapacitados, de maneira transitória ou permanente, comprometendo de modo significativo sua qualidade de vida.

               O paciente que sofre de dor crônica entra em um ciclo, que se não bem controlado, o leva a incapacidade e ao sofrimento físico composto pelos seguintes fatores: DOR > TENSÃO MUSCULAR > INATIVIDADE FÍSICA > ATROFIA DE MÚSCULOS E TENDÕES > CONTRATURAS > DOR

           O aparecimento deste ciclo é concomitante a perda da qualidade de vida dos indivíduos que sofrem de dores crônicas. De acordo com o modelo da medicina  tradicional chinesa, e também a ocidental, a dor é um sinal de alarme, acionado  quando há algo agredindo o corpo e seu equilíbrio. assim como o limiar de dor, que é a intensidade mínima de estimulo com o qual um sujeito percebe a dor, é  ao contrario da crença popular,  quase igual para todos (Tompson 1984). Conforme Wyke(1979) salientou, é um conceito errôneo bastante comum: A medida do limiar da dor fala sobre os mecanismos que influenciam a intensidade  da experiência da dor de um paciente. Ao contrario logicamente, o que se deve avaliar  a esse respeito não é o limiar da dor do paciente, mas sua tolerância à dor,  porque o  os pacientes buscam aliviar não só a ocorrência de alguma dor insignificante da qual estão apenas cientes, quando e porque o limiar de dor é alcançado , comum em nossas vidas, mas sim, quando  o limite de tolerância  de sua dor individual é atingida. Devemos medir as alterações da tolerância à dor, que esta ligada diretamente a resposta emocional da pessoa ao estimulo nocivo. Propõe o autor que a intensidade da dor sentida depende de sua constituição psicologia, do ambiente cultural, da influencia parietal e da origem étnica. A influencia por experiências passadas foi comprovado por Melzack em 1957, é piorada por depressão e ansiedade, se lesão em batalha quase não é percebida se comparada a lesão em um ambienta menos estressantes (Beecher, 1959). Inversamente, a intensidade da dor diminui com a distração da atenção. Musica ambiente, meditação e ocupações interessantes da mente diminuem a intensidade  da dor em pacientes crônicos, e assim como demonstram os estudos, para discriminar é necessário inibir