Formação Reticular
Formação reticular do tronco cerebral:
Ramificada por toda a medula e mesencéfalo, é assim chamada porque sua densa massa de neurônios com dendritos superpostos e entrelaçados lhe confere uma aparência de rede.
Conforme Casey (1980) salientou, é pelo fato dos neurônios da formação reticular terem axônios se bifurcando para baixo em direção à medula espinal e para cima em direção ao tálamo e o hipotálamo que esta estrutura é tão extremamente adaptada para desempenhar um papel tão importante de integração na experiência e no comportamento da dor.
Suas ligações com os neurônios motores dos fusos musculares capacitam-na a realizar alterações no tônus muscular. Com respeito a isto, é pelo fato das pessoas que são psicologicamente tensas terem um sistema reticular hiperativo que elas tendem a manter certos grupos musculares persistentemente retesados (Nathan, 1982). Quando isso acontece, a dor é propensa a se desenvolver nesses músculos como resultado da ativação de PG nesses músculos. Conforme Mense (1990) sucintamente frisou, "o músculo esquelético é uma ferramenta de expressão do estado emocional nos mamíferos superiores e, portanto, as alterações psicogênicas do tônus muscular podem se tomar uma fonte de dor."
A formação reticular contém vários núcleos que dão importantes contribuições para a experiência da dor e para as atividades comportamentais associadas a ela. Um deles é o núcleo reticular giganto- celular situado na medula. Este núcleo, que recebe um grande influxo do trajeto paramediano e tem uma projeção em sentido ascendente para a parte intralaminar do tálamo, contém neurônios cuja descarga em resposta a um estímulo nocivo, conforme Casey demonstrou em uma série de experimentos com gatos, desencadeia um comportamento aversivo de fuga (Casey, 1971; Casey et al., 1974). Além disso, as células contendo serotonina neste núcleo e no núcleo adjacente magno da rafe, juntamente com neurônios na área cinzenta periaquedutal do mesencéfalo do qual recebem um impulso excitatório, formam a parte superior do sistema inibitório descendente mediado por peptídeos opióides que é de extraordinária importância no controle da dor.
A maioria das fibras no trajeto paramediano termina na formação reticular, mas algumas continuam em direção ascendente para os núcleos intralaminares medialmente situados do tálamo. Existem também projeções ascendentes separadas da formação reticular que chegam nesses núcleos talâmicos e no hipotálamo. É por causa dessa ligação entre a formação reticular e o hipotálamo que o tipo de dor aferente C chamada segunda dor ou dor lenta proveniente de lesão de tecido tem concomitantes autônomos.
Dos núcleos intralarninares do tálamo, existem projeções para várias estruturas agrupadas ao redor do tálamo que coletivamente formam o sistema límbico, bem como projeções para outras partes do cérebro, incluindo, em particular, o lobo frontal.
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